A Universidade Federal de Alagoas (UFAL) realizou, no dia 21 de maio, um webinário para discutir a III Grande Expedição Científica no Baixo São Francisco. O objetivo foi debater os problemas e soluções para a região e os desafios de fazer ciência no ano da pandemia do coronavírus.
Participaram do debate, junto com Anivaldo Miranda, o professor da UFAL, Emerson Soares, que coordena a expedição pelo Baixo São Francisco e o assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Aristides Pavani. O debate foi mediado pelo professor Kleyton Monteiro, da Pró-reitoria de Graduação no âmbito do UFAL Conectada e o professor José Vieira Silva, do CRAD/ UFAL Arapiraca.
Para o presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, o Coronavírus está nos mostrando que é preciso mudar. “A pandemia fará a humanidade refletir sobre a forma como estamos produzindo e reproduzindo a condição de existência de uma maneira insustentável. O Brasil está redescobrindo a importância da ciência, que é uma ferramenta fundamental para vivermos na modernidade. A degradação ambiental do planeta Terra está no limite. É preciso mudar o comportamento!”, afirmou.
Anivaldo Miranda falou também sobre a expedição. “O Comitê é um grande entusiasta da Expedição Científica pelo Baixo São Francisco. Uma das nossas frentes de trabalho é o apoio à pesquisa, atividades científicas, capacitação entre outras atividades. Estávamos nos preparando para replicar a expedição em outras regiões fisiográficas da bacia, mas a pandemia adiou esses planos. O CBHSF não parou, assim como a nossa agência de bacia, a Peixe Vivo. Estamos dando continuidade aos projetos que são possíveis de serem executados nesse momento e juntos vamos fazer o melhor pelo Rio São Francisco”.
Sobre a relevância da abordagem dos desafios impostos pela Covid-19, que está no tema central da terceira edição da expedição científica, Emerson Soares enfatiza: “A pandemia está influenciando novos modelos de fazer pesquisa-ação e devemos pensar como o trabalho no São Francisco será conduzido para atingir seus objetivos, com mais um problema de saúde, como esse vírus. Além de outros problemas que atingem a região, a exemplo de poluição, pobreza, acesso a água de qualidade, saneamento básico, renda e alimento com condições nutricionais adequadas”.
O professor Emerson Soares explicou que em 2019 os participantes da expedição científica pelo Baixo São Francisco ficaram 10 dias embarcados, estudando os efeitos da poluição, do desmatamento, a geologia aquática, a qualidade de água, a saúde da família, o perfil socioeconômico das comunidades, os sedimentos, o geoprocessamento, batimetria, pesca, aquicultura, hidrologia, arqueologia subaquática, extensão rural, meteorologia, educação ambiental, ictiologia, mapeamento, robótica ambiental, entre outros.
Aristides Pavanimostrou as ações do MCTIC para o enfrentamento do Coronavírus. “Devido a pandemia o mundo passou a discutir sobre ciência e os nossos heróis deixaram de ser os jogadores de futebol e passaram a ser os cientistas. A contribuição da ciência, tecnologia e inovação nos tempos de crise pela Covid-19 é essencial para enfrentar os atuais desafios de saúde, mas também para apoiar os esforços produtivos da recuperação econômica pós-pandemia. O Ministério investirá R$ 353 milhões no enfrentamento do Covid-19”, disse Aristides que mostrou em sua fala todas as ações do MCTIC no enfrentamento ao Coronavírus.
III Expedição Científica pelo Baixo São Francisco
A terceira edição da Expedição Científica pelo Baixo São Francisco acontecerá de 19 a 28 de outubro e contemplará este ano alguns municípios ribeirinhos sergipanos. Contará com a participação de 17 instituições e de 50 pesquisadores, além de técnicos, para os diversificados estudos. O lançamento de um livro sobre as expedições científicas anteriores, também consta na programação da terceira edição.
A expedição conta com o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Luiza Baggio